Umbanda
na Europa


Confira os artigos
Umbanda na Europa
"Eu mentiria se dissesse que estava animada e curiosa ao entrar num Terreiro pela primeira vez. Na realidade, eu estava era com medo, muito medo e receio do que poderia se passar ali dentro. Só o nome “Terreiro” carrega um estigma enorme, de todas as coisas negativas que ouvimos falar, e quem não está familiarizado com a religião, como eu, se engana muito sobre ela".

"A semana após a festa de Iemanjá durou uma eternidade. A minha ansiedade para voltar ao Terreiro aumentava cada dia mais e eu só pensava nisso. Queria ter logo o segundo contato, saber se aquela sensação de bem-estar da primeira vez iria manter-se ou se eu ia me dar conta que a Umbanda era um grande teatro voltado à magia negativa, como tanto dizem."

"A mediunidade é uma forma de trabalhar a caridade e o amor incondicional, e não um meio para conseguir uma certa posição social, diante dos olhos dos seus semelhantes. Assumir a mediunidade é assumir um trabalho, é assumir a vontade de Deus na sua vida. Fia, quando encontrares dentro de si este amor, esta vontade genuína de trabalhar a caridade, daí sim a sua mediunidade vai se desenvolver. E eu sei que isto está dentro de ti, basta encontrares”.
"Acho que a curiosidade com a incorporação é comum nos médiuns que trabalham num Terreiro de Umbanda. Todos querem saber como é o contato com uma entidade, quais são as sensações; todos querem dançar como a Pombagira ou sentir os ensinamentos sábios de um Preto Velho. E eu também me sentia assim".


"Após estar presente em algumas Giras e de ter começado a desenvolver as incorporações, o Pai da Casa disse que era hora de jogar os búzios para mim e pedir para que os Orixás donos da minha Cabeça se identificassem.
Eu não entendi o que aquilo significava, mas ele me explicou. Disse que todos nós, umbandistas ou não, somos regidos por determinados Orixás, e que a força correspondente ao campo de atuação de cada um desses Orixás rege a nossa personalidade e o nosso caminho na vida encarnada e espiritual."

"Foi difícil ler mensagens assim, ofensivas, e manter-me firme. E não parou por ali: muitas pessoas do meu círculo mais próximo afastaram-se de mim, excluiram-me do Facebook e de todos os meios de comunicação quando viram que eu me tornara Umbandista.
Obviamente esta situação mexeu muito comigo. Como se não bastasse eu viver longe, em outro país, muitas pessoas queridas se afastaram e cortaram completamente o contato comigo simplesmente porque eu havia começado a praticar a Umbanda, nada mais do que isso."

"Assim que começamos a trabalhar enquanto médiuns de incorporação, a curiosidade e o desejo de novas experiências é enorme. No meu caso, passei a ler muito sobre este assunto, a tentar aprender cada vez mais sobre este meu novo papel, e queria que houvesse Giras todos os dias, o tempo todo, para desenvolver cada vez mais a minha mediunidade de incorporação e para conhecer todas as falanges e linhas de trabalho da Umbanda."

